Selic em alta e impactos globais pautam debate econômico promovido pela Acislo

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A conjuntura de juros elevados no Brasil e as turbulências nos mercados internacionais foram o eixo central da palestra “Cenários Econômicos e Mercados Globais”, ministrada na noite desta quinta‑feira (8) pelo economista Cristian Rafael Pelizza. Realizado no auditório da Associação Empresarial e Cultural de São Lourenço do Oeste (Acislo), o encontro gratuito reuniu empresários e profissionais liberais interessados em entender como variáveis externas — especialmente as decisões dos Estados Unidos — reverberam no cotidiano financeiro.

Pelizza, economista‑chefe da Nippur Finance desde 2020, iniciou sua exposição com um panorama da economia doméstica. Ele lembrou que, nesta semana, o Banco Central elevou a Selic para 14,75% ao ano, movimento que combina um “desempenho razoável da atividade” com a necessidade de domar pressões inflacionárias persistentes. “O crédito está mais caro e isso exige cautela do empresário que depende de capital de giro ou planeja ampliar a operação. Alavancar‑se num ambiente de juros altos pode gerar consequências severas no curto prazo”, alerta o economista.

Projetando o olhar para fora, o palestrante enfatizou o efeito dominó provocado pela maior economia do planeta. “Com um PIB perto de 30 trilhões de dólares, os EUA ainda definem o compasso dos mercados. Taxas de juros americanas influenciam o câmbio, o custo da energia e, por tabela, o preço dos alimentos que chegam à nossa mesa”, explica o especialista. Segundo Pelizza, o dólar, por ser a moeda predominante nas transações globais, transmite rapidamente choques de política monetária ou mudanças tarifárias para todas as cadeias produtivas.

Apesar de a discussão parecer distante do dia a dia do interior, o economista reforça que nenhum negócio está imune. “Mesmo o comércio de bairro sente quando o dólar sobe: frete internacional encarece, insumos ficam mais caros e a inflação local aperta a margem”, pontua.

Entre as recomendações, ele destaca a necessidade de acompanhar não apenas a Selic, mas também os indicadores de inflação futura e as projeções de crescimento mundial. “Talvez não seja hora de assumir posições muito arriscadas”, aconselha, citando a importância de revisar níveis de endividamento e alongar cronogramas de investimento.

O evento integrou a agenda de capacitações da Acislo, em parceria com a Nippur Finance e apoio institucional de Kellanova, Sicoob Original e Unimed. 

Publicada em 09/05/2025

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